Já não interrogo como aqui cheguei.
Não interrogo que quer que seja que tenha feito para te merecer.
Agradeço simplesmente tudo o que fiz que me fez estar aqui hoje.
Agradeço as cicatrizes que tenho que fazem de mim quem sou.
As lágrimas derramadas que me guiaram até aqui.
Heteróclito ser que sou, de ténue sanidade ou inteligência, sou o que sou e estou onde estou, simplesmente eu, aqui.
Permito que descanse o passado com todo o respeito que lhe dou e merece.
Aceito o hoje de braços abertos, o momento perfeito para ser vivido. Hoje, aqui!
De forma suis generis, talvez difícil ou complicada, sou o presente. Não ignoro o amanha mas confio que virá, apenas e só, quando tiver de vir.
Hoje são as blandícias que me aquecem, a tua imagem algures no meu peito. A forma que, mesmo sem o toque, me acaricias a pele e me afagas a alma. Como aceito o teu olhar, como o anseio… como te devoro apenas olhando. Tenho-te a imagem aqui, hoje.
… quero o teu Doce sabor em mim, aqui, hoje, agora. O sabor do teu toque que me aquece. A tua imagem, simplesmente linda.
Por entre pó, areia, mar, relva, nuvens, nada, tudo… por entre tudo e nada entre nós.
No vício que tenho da pele, és meu doce pecado. Meu anjo sem asas, meu presente… meu hoje. Deidade presente aqui, em mim.
Convite irrecusável o que fazes e Hipnotizante o olhar que lanças.
Entrego-me assim, corpo de cicatrizes e lágrimas secas, hoje, aqui.
Em agradecimento às marcas que o tempo deixou, deixo-me levar pelo som que me atrai… solto-me à deriva… não preciso de mais marcas.
Hoje, aqui, a mim.
by Moon_T
2 comentários:
A música é fabulosa...!
O texto está fantástico... rendo-me a tua escrita!! Grande entrega.. isto é amor, paixão, dedicação...
Um amor destes.. é para sempre!!
miminhos... atrevidos!
Li e reli vezes sem conta...
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