segunda-feira, 2 de junho de 2008

Nada





Rasgo o silêncio!

Profano esta quietação monótona

com um forte e longo grito mudo.

Aguardo que o eco me responda

-Prova-me que não estou só, peço-te.

Responde...


Nesta vacuidade insuportável

Nunca obtenho resposta…

Nada…


Deixo-me levar por esta paz deprimente

E não falo,

Mantenho-me estático a olhar para o vazio

Contemplo este nada que me invade

E deixo-me levar por esta intensa onda de Nada.


A revolta interior permanece…

Uma batalha perdida,

sem origem,

sem causa.

Sem motivo aparente, altero o meu ser

Em função do que não me rodeia

E deixo-me embalar por esta ausência.

Acendo mais um cigarro

E rejeito este pranto inaceitável que me acomete

Inalo e expiro esta morte,

Seco o copo de veneno,

Limpo as lágrimas do rosto… prossigo

E aceito a minha sorte.




By: Moon_T

Um comentário:

Azul disse...

Olá!

Vim agradecer e retribuir a tua visita.

Será que é mesmo isso que no mais fundo de ti queres?! "aceitar a tua sorte" ?!

do que já li deste teu espaço... vou voltar senão te importares. Gostei muito!

Bj
Azul

Also...

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