quarta-feira, 23 de novembro de 2011

ruínas


Fumas mais um cigarro.
E penduras as memórias em cabides
Presos por uma velha corda de sisal,
Agarrada às paredes amareladas
Que cada vez que respiras se desfaz mais a cal.  
Lá ao longe,
Naquela casa em ruínas prostrada no monte.
Naquele monte onde não deixas ninguém ir.
No topo daquela colina, onde não deixas ninguém subir,
Soltas o fumo como nevoeiro e pensas…
Sozinho,
Escondeste-te na sombra por trás porta
Como fazias em criança
E pensas que ninguém te vê.
Pensas.
Mas essa casa não existe
Não te consegues esconder.
Já não te podes esconder.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

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