Lembro-me
Como se sonhasse,
Dos dias começarem num sorriso.
Na inocência
Daquele tom suave de carícia.
De entrelaçar os dedos no cabelo,
De me rir, sem sequer gostar, ao sentir a barba farta no peito.
Lembro-me dos Verões e dos corta-vento,
Do som que a borracha fazia nos braços,
Das sandálias,
Dos pique-niques,
Da salada, do pimento e do pepino.
Do carro laranja.
Lembro-me das roupas artesanais de malha,
De camisolas de lã.
Das calças de bombazina, das galochas e dos botins.
Lembro-me como se fosse um sonho,
Dos aniversários, dos risos
E das cores vivas e garridas que hoje são sépia queimado do tempo.
Lembro-me
Das bagagens e das cidades
De pés descalços e tacos de madeira,
Das casas novas e novas moradas e dos punhos cerrados.
Lembro-me da primeira morte ( e todas as outras),
Do carnaval, da guerra, do bairro…
Lembro-me das grades, das chaves, dos muros,
Do couro nas costas e de portas fechadas.
Lembro-me,
Como se de um sonho se tratasse,
De voltar como se nunca tivesse ido.
Dos adeus aos cabelos grisalhos
De um acordar de notícias,
De querer chorar e não sair,
De não querer e não conseguir parar.
Lembro-me da carta
Maldita carta…
Lembro-me da noite,
Do fumo e do álcool.
Do sangue no reboco
Das sombras e das estrelas.
Lembro-me de me perder no caminho que tanto conhecia,
Da faca
Da raiva
E do rancor de boca seca.
Hoje, lembro-me como se sonhasse
E tento fazer do hoje um sonho…
Hoje,
Lembro-me de tudo o que queria esquecer.
Como se sonhasse,
Dos dias começarem num sorriso.
Na inocência
Daquele tom suave de carícia.
De entrelaçar os dedos no cabelo,
De me rir, sem sequer gostar, ao sentir a barba farta no peito.
Lembro-me dos Verões e dos corta-vento,
Do som que a borracha fazia nos braços,
Das sandálias,
Dos pique-niques,
Da salada, do pimento e do pepino.
Do carro laranja.
Lembro-me das roupas artesanais de malha,
De camisolas de lã.
Das calças de bombazina, das galochas e dos botins.
Lembro-me como se fosse um sonho,
Dos aniversários, dos risos
E das cores vivas e garridas que hoje são sépia queimado do tempo.
Lembro-me
Das bagagens e das cidades
De pés descalços e tacos de madeira,
Das casas novas e novas moradas e dos punhos cerrados.
Lembro-me da primeira morte ( e todas as outras),
Do carnaval, da guerra, do bairro…
Lembro-me das grades, das chaves, dos muros,
Do couro nas costas e de portas fechadas.
Lembro-me,
Como se de um sonho se tratasse,
De voltar como se nunca tivesse ido.
Dos adeus aos cabelos grisalhos
De um acordar de notícias,
De querer chorar e não sair,
De não querer e não conseguir parar.
Lembro-me da carta
Maldita carta…
Lembro-me da noite,
Do fumo e do álcool.
Do sangue no reboco
Das sombras e das estrelas.
Lembro-me de me perder no caminho que tanto conhecia,
Da faca
Da raiva
E do rancor de boca seca.
Hoje, lembro-me como se sonhasse
E tento fazer do hoje um sonho…
Hoje,
Lembro-me de tudo o que queria esquecer.
Moon_T